Copa: PL orienta circulação de turistas estrangeiros

01/12/2011 - 18h27

Jayme Campos apresenta projeto para orientar turistas na Copa do Mundo

Para facilitar a circulação de turistas estrangeiros, o senador Jayme Campos (DEM-MT) apresentou projeto de lei do Senado propondo a instalação de placas de sinalização trilingue em pontos importantes das capitais brasileiras. O senador argumentou que a medida será fundamental para receber bem os milhares de visitantes que devem vir ao país durante a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

O projeto obriga os órgãos responsáveis a oferecer informações, ao menos em inglês e espanhol, em placas de rodovias federais, ruas, praças e outros logradouros públicos. A iniciativa nortearia o turista, tornando-o mais independente e seguro, e, em casos extremos, segundo o parlamentar, podendo até salvar vidas.

O senador disse que os dois eventos esportivos que o Brasil vai sediar servirão para fortalecer a imagem internacional do país, ajudando a ativar a economia local e a atrair investimentos externos. Para isso, é preciso, no entanto, que se receba bem os visitantes, investindo em infraestrutura, mobilidade urbana, saúde e segurança, entre outros setores.

Em 2010, o Brasil recebeu 5,1 milhões de turistas estrangeiros, sendo 1,4 milhão de argentinos, 640 mil norte-americanos e 170 mil ingleses. O número foi 7,8% maior do que o total de visitantes de 2009, segundo dados divulgados por Jayme Campos. Com a Copa do Mundo, no entanto, a expectativa é de que esses números cresçam, em média, 10% até 2014. A estimativa do Ministério do Turismo é de que entre 500 mil e 700 mil torcedores venham ao país prestigiar o evento.

Na África do Sul, sede do último mundial em 2010, o número de visitantes ficou abaixo do estimado, cerca de 310 mil. Já em 2006, a Alemanha atingiu a marca significativa de 2 milhões de turistas, com um resultado direto de aumento de 1,7% no PIB do país.

- Apenas para registro, outra estatística que impressiona é o número de postos de trabalho gerado pelo mundial: entre empregos efetivos e temporários serão disponibilizadas 730 mil vagas até 2014. Mas, se os números são impactantes, nossa responsabilidade como nação receptiva não é menos eloquente. Precisamos atender ao turista estrangeiro com o melhor de nossa cultura, de nossa tecnologia e de nossos serviços públicos e privados - afirmou.

Atraso em obras

O senador Jayme Campos revelou também sua preocupação com o andamento das obras necessárias à realização da Copa do Mundo. O senador deu como exemplo a mudança da matriz do transporte urbano pelo governo do Mato Grosso, seu estado, de BRT (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês), que já tinha projeto iniciado, para Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A mudança teria atrasado a implantação do novo meio de transporte, em função da necessidade de se fazer novos projetos, licitações e ordens de serviço para, enfim, a obra ter início.

Outro exemplo citado por Jayme Campos foi o Aeroporto Internacional Marechal Rondon em Várzea Grande, a oito quilômetros de Cuiabá. O senador relatou que o aeroporto é "acanhado", com um setor de desembarque construído na década de 1970, apesar do crescimento no transporte aeroviário, que fez o número de passageiros em Mato Grosso saltar de 1 milhão para 2,2 milhões nos últimos três anos. A ampliação do local, porém, que estava prevista para iniciar em dezembro, foi prorrogada pela Infraero para maio ou junho de 2012.

- Tenho a sensação de que há um atraso que vai realmente inviabilizar muitas obras não só nos aeroportos, como também na mobilidade urbana. É muito ruim, preocupante - lamentou.

Ex-governador do Mato Grosso, o senador Blairo Maggi (PR-MT), em aparte, disse também estar preocupado com o atraso das obras para a Copa já que, no estado, a única obra em andamento seria a do estádio de futebol. A preocupação foi compartilhada ainda pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que afirmou que o Brasil está "travado".

Cyro Miranda (PSDB-GO) reforçou a apreensão com os aeroportos do país, afirmando que, em Goiânia, o aeroporto é uma "chacota" e que o país não pode ser motivo de "pilhéria internacional". Já José Agripino (DEM- RN) relatou que as mesmas dificuldades enfrentadas por Cuiabá ocorrem também na capital de seu estado, Natal - só a construção do Arena das Dunas, o estádio de futebol feito emparceria privada, está em andamento.

Da Redação / Agência Senado

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